segunda-feira, 28 de novembro de 2011

http://www.conexaobanricoop.com.br/noticias/das-galerias-de-arte-para-as-revistas-de-moda/77

Agradecimento especial a minhas colegas, amiga, Lina Pizzato. Pela atenção, amizade,  que meSocorreu na correção e organização do texto, pois eu estava com as gavetas os guardados mexidos, desalinhados... com tantas tramas linhas fios.. para conseguir montar um paralelo,  Pois afinal são 31 anos de banco..Das galerias de arte para as revistas de moda.

A cooperada Rosane Morais concilia a carreira no Banco a uma intensa e inusitada produção artística por Conexão On Line em 29 de Setembro de 2011 Rosane Morais, cooperada e artista de mão cheia O desenho sempre fez parte da vida da cooperada Rosane Morais, que no início dos anos de 1980, ingressou no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre para desenvolver seu trabalho como artista visual. Na mesma época, ingressou no Banrisul, onde trabalha na equipe de Automação Comercial da Unidade de Infraestrutura em Tecnologia . “O Banco é meu mundo real, meus pés no chão, meu porto seguro – não posso deixar de ressaltar a importância da Cooperativa em minha vida prática, bem a como a Fundação Banrisul, pois sempre me auxiliaram e auxiliam a vencer etapas –; a arte é minha alma, meu abstrato, meu emocional e o grande desafio é materializá-la”, analisa.Desde 2005, a artista desenvolve o trabalho hoje intitulado Pele Envelope do Corpo.

A materialização da pesquisa sobre as marcas do corpo na pele está exposta na mostra coletiva Primeira Pessoa: Pessoas, na Galeria de Arte do Dmae, até 5 de outubro. Intitulada Dobras, Cortes e Seguranças, a obra consiste em vestidos-poesia dispostos em um mini guarda-roupa decorado com poema de Fernando Pessoa. Com este trabalho, Rosane já participou da exposição Transcender al Encantamento, em Punta del Este, em 2010, mesmo ano em que Rosane realizou a exposição individual na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.O trabalho que teve início com peles de frutas expostas ao ar e dentro de vidros fechados, sem ar, com a influência de estudos de anatomia, filmes de Almodóvar, músicas e poesias, chegou a vestidos sem costuras. Como envelopes que se adaptam a qualquer corpo e carregam marcas do tempo, as peças transformaram-se em nova exposição na Galeria Arte Aplicada, com o nome de Arte Vestível, no mês de julho.

Os vestidos ilustraram até uma reportagem da Revista Claudia e circularam por colunas sociais. “Embora eu utilize os envelopes há quatro anos, não via vestidos e sim meu trabalho de artes. Meu material neste momento não é tela, pincel, lápis. É a trama de fios, o tecido e a tesoura, cada um é um, sempre fazendo uma leitura de textura, da cor, respeitando o tecido como pele que tem tempo de vida como nós”, reflete a artista.Aliadas às peles e tecidos, as palavras são bastante recorrentes na arte de Rosane. “Sou bem compulsiva por desenhar, rabiscar, e como a folha de papel se tornou pequena, passei a comprar metros de tecido, que deixava enrolado no pé da cama e li sempre desenhava e escrevia momentos – memórias, letras de música, cantos de roda, linhas – como um diário”, conta. Um destes trabalhos resultou na cortina da casa de Rosane, que carrega sua obra em echarpes, pulseiras, vestidos e até em guarda-chuvas, que circularam pela Feira do Livro de Porto Alegre do ano passado, em uma ação do jornal de cultura Fala Brasil, do qual a cooperada é colaboradora.

Para a exposição Arte para as Galáxias, que reúne pegadas gigantes pintadas no alto do Morro São Caetano, uma iniciativa do Atelier Templo das Artes das Américas, em paralelo a Bienal do Mercosul, Rosane desenhou um poemínimo da poeta e amiga Sandra Santos. Na mesma linha, só que desenhando em feijões, a artista produziu a partir do trabalho de sete poetas a obra que ilustra o convite da feijoada anual da Associação Chico Lisboa, realizada em agosto no Santander Cultural. “O feijão ‘costurar o grão a terra alinhavar a vida’, de Sandra, germinou!”Para conhecer mais o trabalho da colega, acesse o blog clicando no link peleenvelopedocorpo.blogspot.com

PELE ENVELOPE DO CORPO

Recebi o texto e iniciou-se uma nova fase.
Como materializar um assunto tão abstrato e ao mesmo tempo tão concreto?
Organizar ideias, colocar no papel, desenhar...
Cicatrizes psicológicas são muito fortes. Dor, saudade, perda, alegria, amor, prazer...
Cinco meses de pesquisas em filmes, Internet, livros de anatomia e escrevendo muito.
Então... cheguei na pele, que envolve tanto o psicológico como o orgânico.
A pele marca nascimento, vida e morte, com cicatrizes visíveis e invisíveis.
Minha imagem mostra minhas marcas.
Uma viagem desde o feto, posição que mais me identifico, até a fase adulta.
O fio... a teia... a linha da vida representada na palma da mão.
A agulha e a linha costuram a roupa e costuram a pele que representam a dor, a cura e a proteção.
Linha que tecemos nossa própria história!
O redondo dos bastidores que minha mãe usava...
A brincadeira de roda, o carrossel, a roda gigante... brincadeiras da minha vida.
Eu comigo mesmo, eu dentro de mim. A volta no tempo e a aceitação da minha imagem.
A flor... flor da pele... o cotidiano fazendo uma relação da flor com a pele que mostram as marcas do tempo.
Observação: Flores em vidros para observar o processo de morte e decomposição.
Não somente as flores, mas também as peles do pêssego, laranja, maçã...
Flores envoltas em tule e em contato com o ar, o envelhecimento e decomposição se dão de formas diferentes.
Pela textura leve e transparente do tule, com a forma de células. Lembrando véus, mosquiteiros, proteção como a pele.
Desde pequena desenhei em preto e branco.
E, neste momento, lembram a ecografia e o RX, máquinas perfeitas independentes de raça ou nacionalidade.



Rosane Morais

Um comentário:

  1. Oi Rosane, sou Lais, do Grupo Amplexo... Muito bacana o seu blog. Preciso voltar mais vezes. Abraço.

    ResponderExcluir