Rosane é uma artista plástica gaúcha que tem este magnífico trabalho sobre dobras, cortes, seguranças.
Ela fala da roupa como sendo uma segunda pele da qual “…cobre, envolve, abraça, protege a primeira pele”. Primeira pele esta que é a do nosso prório corpo chamada por ela de “a trama da vida”.
O fio e a linha por ela é assimilado como linha do tempo. À qual a artista compara com nossa pele – na qual deixamos marcas, recordações, lembranças. Em forma de cicatrizes, manchas, rugas… nossa roupa seria tal qual nossa vida. Em suas palavras, ao explicar sua pesquisa, ela conta: ‘É como nossas vidas. […] a primeira pele traz recordações, saudades, apego, rituais de passagem […].
Propondo então uma roupa com dobras ao invés de costuras, trava de segurança ao invés de pontos, Rosane é mais do que uma estudiosa da pele. Ela é uma autêntica artista. Com seu trabalho regressou no tempo antes da era do vestir-se; nos libertou das regras, do padrão do acabamento, da costura que nos aprisiona para nos trazer, em pleno século vinte e um, a liberdade dos primórdios. Onde o pano tinha exclusivamente a função de cobrir o corpo. Nos seus vestidos encontramos toda essa função primordial com muita bossa e contemporaneidade.
Acreditei tanto no trabalho da Rosane, achei ele tao singular, que aproveitando a oportunidade de estar em São Paulo, eu e a Nicole fizemos uma produção com um dos vestidos e ela foi ao trabalho com ele, pois eu sabia que ia dar o que falar. A Nicole ligou da Abril dizendo que precisou desfilar por todos os setores da editora. E não é que o tal vestido tinha causado o maior alvoroço mesmo! Então surgiu a possibilidade de fazer um artigo na revista Claudia. Preparem-se porque daqui a uns dias talvez possamos ver a artista nas páginas da revista. Deixarei vocês informados da sequência dessa história.
Rô, que notícia boa!!!! Me avisa!!!! Preciso comprar esta edição da revista Claudia.
ResponderExcluirBeijo grande, Cris Wudich
Muito bom voltar ao blog tempo depois❤️
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